NECRÓPOLE COM 40 SARCÓFAGOS E MAIS DE MIL ESTÁTUAS É DESCOBERTA NO EGITO




Um dos 40 sarcófagos encontrados na necrópole - MOHAMED ABD EL GHANY / REUTERS

Necrópole com 40 sarcófagos e mais de mil estátuas é descoberta no Egito

Entre os artefatos encontrados estão máscara de ouro e cordão com inscrição ‘feliz ano novo’.

CAIRO — O Ministério de Antiguidades do Egito anunciou a descoberta de uma antiga necrópole perto da cidade de Minia, na margem oeste do Rio Nilo, a sul da capital, Cairo. Entre os artefatos encontrados estão cerca de 40 sarcófagos e mais de mil estátuas.
— Nós vamos precisar ao menos de cinco anos para trabalhar na necrópole — afirmou o ministro Khaled al-Anani. — Este é apenas o começo de uma nova descoberta, as tumbas estão cheias de joias, cerâmicas e jarros faraônicos.
As escavações no local começaram no fim do ano passado. A necrópole recém-descoberta fica próxima a Tuna el-Gebel, que abriga um imenso sítio arqueológico. Ao todo, foram encontradas oito tumbas.
Segundo al-Anani, a necrópole abriga membros de diferentes famílias, e análises preliminares indicam que a estrutura foi construída entre a chamada época faraônica baixa e a era ptelomaica.

Entre as principais peças encontradas estão uma máscara de ouro, sarcófagos, múmias, estátuas e um cordão com a inscrição em hieroglifos “Feliz ano novo”. Esta é a segunda grande descoberta arqueológica no Egito apenas neste ano. No início do mês foi anunciada a descoberta do sarcófago de uma mulher chamada Hetpet, que ocupou alta posição social no passado.


Crânios foram encontrados dentro das oito tumbas descobertas - MOHAMED ABD EL GHANY / REUTERS
Os anúncios de descobertas arqueológicas são importantes para o Egito tentar recuperar o setor turístico, que foi devastado após a derrubada do presidente Hosni Mubarak, em 2011. No ano passado, o número de turistas visitando o país subiu 54% em relação ao ano anterior, para 8,3 milhões, mas ainda muito abaixo do registrado em 2010, de 14,7 milhões.
Para Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, a descoberta do cordão desejando feliz ano novo é uma “coincidência maravilhosa”:
— É uma mensagem enviada para nós vinda do além.


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